Uma equipa internacional de cientistas identificou 293 novas variantes hereditárias associadas à depressão, num estudo que analisou dados de quase 5 milhões de pessoas de 29 países. Publicada na revista Cell, a investigação revelou um total de 697 variações genéticas ligadas à doença, sendo que 308 genes específicos foram associados a um maior risco de depressão. Estas descobertas destacam o papel dos neurónios e áreas cerebrais como a amígdala e o hipocampo no desenvolvimento da doença.
Liderado por cientistas das Universidades de Edimburgo e do King’s College de Londres, o estudo reforça que a depressão é uma condição altamente poligénica, influenciada por múltiplos genes. Embora a genética desempenhe um papel significativo, os investigadores sublinham que factores sociais, psicológicos e eventos traumáticos também contribuem para o risco de depressão, que afecta milhões de pessoas em todo o mundo.