Arrancou o julgamento do antigo embaixador de Angola na Etiópia e União Africana.
Arcanjo do Nascimento é suspeito de se ter apropriado ilegalmente de mais de cinco milhões de dólares.
No primeiro dia foi realizada a audição do arguido e 16 declarantes para a produção de provas.
A acusação apresentada pelo magistrado do ministério público aponta que o ex-embaixador, no interesse de melhorar as condições da missão da Etiópia, decidiu a construção de três edifícios, designadamente chancelaria, residência protocolar e residência oficial, para o embaixador em representação do estado angolano.
Para tal, adianta, foram dados ao arguido determinados poderes para a contratação da empreiteira, orçada em 21milhões 981 mil 463 dólares norte -americanos e 22 cêntimos.
Dando sequência às suas acções, o arguido, sem conhecimento e consentimento da empresa da obra, ordenou a transferência para a empresa de fiscalização energias limitada, do montante de 186 mil e 700 dólares para alegada correcção do projecto.
De acordo com o advogado de defesa, Benja Satula, não foi o arguido quem seleccionou a empreiteira, muito menos as empresas fiscalizadoras, tendo sido feito por meio de um concurso levado a cabo pelo ministério da construção e obras públicas, ministério das finanças e ministério das relações exteriores.