O Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou ao respeito pela soberania e integridade territorial da República Democrática do Congo (RDC), durante a 38.ª cimeira da União Africana. Alertou para o risco de uma escalada regional do conflito, especialmente devido ao avanço do grupo rebelde M23, alegadamente apoiado pelo Ruanda. O líder da ONU sublinhou que não existe uma solução militar para a crise e defendeu o reforço do diálogo e dos processos diplomáticos em curso, como os de Luanda e Nairobi, para pôr fim à violência na região.
A situação no leste da RDC agravou-se com a recente ocupação da cidade de Goma e a tomada de Bukavu pelos rebeldes, levando o Presidente congolês, Félix Tshisekedi, a cancelar a sua participação na cimeira. O clima de tensão entre a RDC e o Ruanda tem dificultado as tentativas de mediação, com acusações mútuas sobre o apoio a grupos armados. Angola, que assumiu a presidência da União Africana, comprometeu-se a reforçar os desafios de pacificação, apostando no diálogo e na estabilidade regional para evitar um agravamento do conflito.