O Parlamento português rejeitou, esta sexta-feira, várias propostas da esquerda para alterar a Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez. As medidas visavam aumentar o prazo de dez para 12 semanas (14 em caso de aborto livre), eliminar o período de reflexão obrigatório e endurecer os critérios de objecção de consciência para os profissionais de saúde. O PSD, CDS e CHEGA votaram contra, mantendo Portugal com um dos prazos mais restritivos da Europa.
O debate foi marcado por troca de acusações entre o PS e o PSD, com a socialista Isabel Moreira a criticar a aliança do PSD com o CHEGA e os sociais-democratas a questionarem a inacção do PS enquanto esteve no poder. A lei, em vigor desde 2007, permanece inalterada.