Em um clima de incerteza e tensão política, o Chade irá às urnas hoje para eleger um novo parlamento. No entanto, a votação é marcada por um boicote dos principais partidos da oposição, que denunciam a eleição como uma estratégia para legitimar o regime do marechal Mahamat Idriss Déby Itno. Mahamat assumiu a presidência em 2021, após a morte do seu pai.
Mahamat foi promovido a marechal apenas 20 dias antes das eleições, após os militares dissolverem o governo eleito e estabelecerem um Conselho Militar de Transição. A oposição considera essa movimentação como um golpe de Estado e critica o adiamento das eleições legislativas desde 2011, citando razões como falta de fundos e ameaças do Boko Haram.
Cerca de 8,9 milhões de eleitores participarão da votação para o parlamento e órgãos regionais. No entanto, o maior partido da oposição, Les Transformateurs, anunciou que boicotaria as eleições devido a preocupações sobre um registro eleitoral “corrupto”.
Enquanto o partido governante, Movimento Patriótico de Salvação (MPS), é visto como favorito, alegações de fraude e controle autoritário por parte do regime levantam dúvidas sobre a legitimidade do processo eleitoral. A comunidade internacional observa atentamente, pois estas eleições podem afetar as liberdades públicas no país.
Com as eleições se aproximando, o futuro do Chade permanece incerto em meio a tensões internas e desafios externos.
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