A Ucrânia decidiu não renovar o acordo que permitia o trânsito de gás russo através do seu território, um contrato que expirou a 31 de dezembro. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, justificou a decisão ao afirmar que não permitirá que a Rússia continue a lucrar enquanto mantém a sua agressão militar. Em resposta, o presidente russo, Vladimir Putin, alertou que a Gazprom enfrentará desafios significativos.
Esta decisão levanta sérias incertezas sobre o abastecimento de gás para vários países da União Europeia (UE), particularmente para nações como a Áustria e a Hungria, que dependem fortemente do gás russo. Apesar da interdependência energética existente, é importante notar que a UE já conseguiu reduzir a sua demanda por gás em 18% desde agosto de 2022.
Embora várias indústrias estejam a enfrentar dificuldades devido ao aumento dos custos de energia, análises recentes indicam que o impacto do fim do acordo já foi precificado pelos mercados europeus. A Comissão Europeia sustenta que os países da UE poderão sobreviver sem o gás russo transportado pela Ucrânia.
No entanto, persistem preocupações entre alguns governos da UE, especialmente na Hungria e na Eslováquia. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, expressou receios sobre possíveis problemas no abastecimento e tem tentado manter as importações de gás via Ucrânia, mesmo com um gasoduto alternativo vindo da Turquia. Orbán sugere que o gás seja adquirido antes de cruzar a fronteira russa: “Estamos tentando um truque” para garantir o fornecimento necessário.
Com essa situação em evolução, o futuro do abastecimento energético na Europa continua incerto.
Saiba mais em www.tvzimbo.ao
E em directo no nosso canal do YouTube